terça-feira, 26 de abril de 2011

Review - Sucker Punch: Mundo Surreal

Título Original: Sucker Punch
Duração: 109min
Origem: EUA
Estúdio: Warner Bros
Direção: Zack Snyder
Roteiro: Zack Snyder, Steve Shibuya
Produção: Zack Snyder, Deborah Snyder

Babydoll é uma jovem que é trancafiada em um hospício por seu padrasto, onde será submetida a uma lobotomia em dentro de cinco dias. Enfrentando o inimaginável, ela foge para um mundo fantástico em sua imaginação, onde ela e outras quatro internas de sua ala no hospício começam uma batalha para fugir. A linha entre realidade e fantasia começam a se misturar á medida que Baby Doll e suas companheiras de batalha enfrentam várias criaturas e inimigos para recuperar os cinco itens que precisam para se libertar de seus algozes, antes que seja tarde demais. (CCR)


Zack Snyder é um diretor que vem construindo sua carreira aos poucos, começou com um Remake (Madrugada dos Mortos), depois fez duas adaptações de quadrinhos, incluindo uma graphic novel Famosa (300 e Watchmen), e uma adaptação literária (A Lenda dos Guardiões), Snyder chega de novo as telonas com um filme totalmente original. Sucker Punch é a obra-prima de Zack Snyder, principalmente porque seus outros filmes não são totalmente seus.

O visual do filme é maravilhoso. Snyder é um diretor extremamente visual e aqui ele chega a seu ápice. Cada "mundo" no filme é único. Desde o hospício, passando pelo "cabaré" até o mundo da "2ª Guerra Mundial". O visual dos personagens também são muito bons. As garotas usam pouca roupa, claro, mas não são roupas muito bizarras como outros filmes por ai. Outra coisa muito maneira é o visual dos inimigos, desde os zumbis nazistas movidos a vapor, que são os soldados mais maneiros que já vi, até os robos assassinos sem face, que me lembram um pouco do filme "Eu, Robô".

A trilha, como em todos os filmes do Snyder, é sensacional. A primeira cena já começa com uma versão de "Sweet Dreams" cantada pela atriz que interpreta Babydoll, Emily Browning. Temos também uma remix do música "Army of Me" da Bjork e uma versão (muito melhor) da música Where is My Mind, por Yoav. Uma trilha muito intensa e muito bem colocada. Um trabalho muito bom.


A história do filme pode ser dividida em duas partes,  o Surreal, ou seja o que aparece na tela, e o  mundo Real, que é uma sombra do que acontece no Surreal. Tudo o que acontece no mundo Surreal é metafórico de alguma forma, desde a luta contra três samurais gigantes até a dança de Babydoll. A história da parte Surreal é bem fraca, muita cenas de ação jogadas ao vento, com a desculpa de ser uma "metáfora", mas quando você traduz esse mundo para o mundo Real, as coisas ficam bem melhor encaixadas. Não posso falar muito sobre o filme se não vou dar spoilers.

Tudo, TUDO, no filme é efeito de computador. Robos, samurais e dragões sem nenhum efeito mecânico no meio o que faz o filme ficar um pouco (tá bom, muito) irreal (não surreal), mas levemos em conta que os mundos não são reais. A edição é simplista, cortes comuns que não ajudam nem atrapalham o filme. A única coisa extremamente foda do filme é um cena sem cortes em Slow Motion, simplesmente fantástica.

Sucker Punch é um filme que recebeu muitas críticas negativas, mas como o próprio trailer dizia, nós não estaríamos preparados e não estávamos mesmo. Se não tivessem me avisado para prestar atenção no filme, eu estaria falando mal dele aqui. Sucker Punch pode ser considerado até um filme cult, como Tron: Chato, mas com muita coisa por trás dele.

Sinal Amarelo

! O filme tem muita ação e em um momento fica chato, veja o filme em sessões promocionais ou alugue.



Spoiler: Vocês acham que a história é de Babydoll ou de Sweet Pea? Respondam nos comentários, mas avisem do spoiler!

Um comentário:

  1. Desculpe mas você cometeu um erro quando mencionou "Zumbis nazistas...", o cenário ao qual a cena em que aparecem os zumbis era da Primeira Guerra Mundial. E embora Hitler fosse um soldado, nessa época o movimento nazista ainda não existia.

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